Fui assaltado! Ladrãozinho de quinta categoria que me roubou
o dinheiro do almoço e da lotação! “Pega ladrão!”, - disse eu – “Não deixem
esse sujeitinho fugir com meu dinheiro.” Ele era mais rápido e por isto eu
acabei perdendo o que tinha em dinheiro. Fiquei sem o
almoço, e continuei com fome até chegar do trabalho à pé, exausto e faminto. O
salário estava baixo (cortes, coisas assim) e o aluguel atrasado. Tinha que
comprar comida e estava quase sem nenhuma reserva para isto. Comi alguma
gororoba que tinha na geladeira, abri o jornal e li as notícias. Os impostos
aumentaram ainda mais; os preços lá em cima. O governo não ia me poupar naquele
mês. Eu senti a corda ao redor do meu pescoço condenado. Já estava em uma
situação crítica em casa. Poderia ser expulso a qualquer momento pelos meses de
débitos com a dona Josefa, que é a senhora que me alugou a casinha. Algumas
dívidas e problemas financeiros batendo à porta enquanto eu estava sentado na
sala.
Jornal na mão e na cabeça o pensamento: “Ladrãozinho de
quinta! Roubou o dinheiro do almoço!”

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