Cheguei em casa debaixo de chuva, e apesar de a noite ter acabado de começar, tinha a sensação de que já faziam horas. Abri a porta, me despi de minha capa de chuva e do guarda-chuva que tinha em mãos e do meu chapéu. O cenário estava às escuras, mas mesmo assim consegui encontrar tudo que queria: minha poltrona confortável, meu jornal no bolso do paletó, sequinho, e ligando o abajur, me pus a ler.
Notícias de todo o gênero, que me levaram a crer que o país estava tão escuro e sombrio como fora da minha aconchegante casa. Larguei o jornal e fui me preparar uma xícara de chá.
Fui à janela para saber a quantas ia a chuva torrencial. Continuava forte, mas não impedia pessoas aos montes de caminhar nas calçadas, indo em direções opostas para o mesmo lugar: nenhum. Apanhei a xícara, e tomei um belo gole do meu chá reconfortante. Terminando tudo, pus a roupa de dormir, fiz minhas costumeiras preces e deitei. O dia havia terminado, já era tarde, mas ainda chovia forte. Entretanto, mesmo naquela situação, em meu coração havia esperança. Eu estava vivendo um verão eterno, que nem a mais pesada torrente de águas iria apagar..
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