Eu era um cara comum:
saía Sábado à noite,
encontrava com uns amigos,
e geralmente íamos
nos divertir.
Eu me achava feliz:
vivia sempre sorrindo,
eu era um raio de sol,
que no horizonte vinha a surgir.
Eu tinha uma vida legal:
vivia com a casa cheia,
e nos Domingos de ceia,
não havia jantar igual.
Eu era feliz no emprego:
exercia bem o meu cargo,
pagava minhas contas,
sendo assim, nada mal.
Eu era um cara faceiro:
meu jeitinho brasileiro,
me proporcionava êxito,
na conquista e coisa e tal.
Mas era desinformado.
Não dava bola pro governo,
nem pro que decidisse,
contanto que permitisse
que eu continuasse assim,
era cada um pro seu lado.
Assim foi como vivi,
até que então percebi
no que havia me enfiado.
Os corruptos homens cultos,
a quem nunca dei bola,
atacaram-me na hora,
que estava mais desligado
Fui tolo ao não dar atenção,
me tomou tudo o ladrão,
que nunca vi face a face.
tomou conta do mercado,
surrupiou todos nós,
e mesmo dentre quem viu tudo,
tinha quem não cresse não.
Eu era um cara comum.
Eu me achava feliz.
Eu tinha uma vida legal
Eu era feliz no emprego.
Eu era um cara faceiro...
e hoje se me pergunta:
"Quem é você afinal?"
eu respondo:
"Sou aquele cara não."
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