sexta-feira, 17 de julho de 2015

Notas da Vida

Dia sem Sol
E sem canção
Porém digo que
Lá, dentro de Si,
Encontrarás o que procuras:
O tom da canção
Que se passa dentro,
Dentro do coração.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Superstições

Quebrei um espelho... Um não, um monte em toda minha vida! Avistei muitos gatos pretos em encruzilhadas no fim do dia e acabei passando debaixo das escadas enquanto uma pessoa alerta me dizia para não fazê-lo. Fiz careta contra o vento mais de uma vez. Chinelos emborcados?! Nem chego mais a contar (até pedi às estrelas cadentes que me dessem os poderes do Goku, mas sem sucesso, regressei tristonho).

Um dia desses andava pela rua. Nunca fui supersticioso, mas me pus a pensar no tanto de azar que teria acumulado em minha vasta conta ao longo de todos esses anos. E pensava: "É tudo uma besteira, não existe essa de 'dá azar' ou 'dá sorte'!" era o que eu dizia a mim mesmo. Andava distraído pela rua. Passei debaixo da escada de novo. assim que o fiz, tropecei e cai de cara no chão! Levantei, olhei incrédulo para aquela escada maldita, e segui com medo: "Superstições são reais..." disse eu assustado. "Bom, então posso me preparar para me transformar num Saiyajin!" - e segui alegre.

sábado, 11 de julho de 2015

Máscaras

De tanto usar máscaras me esqueço
De como realmente me pareço.
Enganando aos outros,
Mas principalmente a mim mesmo.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Roubos

Fui assaltado! Ladrãozinho de quinta categoria que me roubou o dinheiro do almoço e da lotação! “Pega ladrão!”, - disse eu – “Não deixem esse sujeitinho fugir com meu dinheiro.” Ele era mais rápido e por isto eu acabei perdendo o que tinha em dinheiro. Fiquei sem o almoço, e continuei com fome até chegar do trabalho à pé, exausto e faminto. O salário estava baixo (cortes, coisas assim) e o aluguel atrasado. Tinha que comprar comida e estava quase sem nenhuma reserva para isto. Comi alguma gororoba que tinha na geladeira, abri o jornal e li as notícias. Os impostos aumentaram ainda mais; os preços lá em cima. O governo não ia me poupar naquele mês. Eu senti a corda ao redor do meu pescoço condenado. Já estava em uma situação crítica em casa. Poderia ser expulso a qualquer momento pelos meses de débitos com a dona Josefa, que é a senhora que me alugou a casinha. Algumas dívidas e problemas financeiros batendo à porta enquanto eu estava sentado na sala.

Jornal na mão e na cabeça o pensamento: “Ladrãozinho de quinta! Roubou o dinheiro do almoço!”

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Pincéis e Telas

Em folhas quaisquer eu desenho Sóis amarelos.
E com cinco ou seis traços é fácil fazer um castelo.
Entretanto, ao pintor é mesmo difícil de decidir
Quando apresentam-se telas em branco,
Esperando ansiosas o mágico colorir.

Observa o pintor, que de pincel não mão,
Retira do mais profundo canto do coração,
A pincelada inspirada, que lhe transmita o sentir.
Telas que não mais verão seu antigo tom,
e serão marcadas pelo expresso dom,
que somente em uma tela, não é possível embutir.

As naturezas, as belezas, O representar daquilo que cantas.
Os sonhos, os beijos... tantas possibilidades (são tantas!)
Falaria eu de amores, de flores, de fortes desejos
Mas tanto posso fazer, com pinceis e telas
Que o simples mencionar me encanta!